Tendinite é a lesão mais comum no trabalho

04-09-2009 21:05
       
 LERs e Dorts já representam quase 70% das doenças profissionais
As Lesões por Esforços Repetitivos (LERs) e as Doenças Ocupacionais Relacionadas ao Trabalho (Dorts) foram relatadas, pela primeira vez, em 1700, pelo médico italiano Bernardino Ramazzini, conhecido como o pai da medicina no trabalho. 
 
Ele apelidou uma moléstia com o nome de Doença dos Escribas e Notórios. Em 1920, surgem registros da Doença das Tecelãs e, em 1965, da Doença das Lavadeiras. 
 
A partir de 1980, com a popularização dos computadores e outros equipamentos tecnológicos, as lesões atingiram várias profissões que exigem movimentos repetitivos e resultam em imobilismo postural. 
 
Atualmente, as LERs e as Dorts estão mais associadas ao trabalho com computadores e já representam quase 70% do total de doenças profissionais registradas no Brasil. 
 
Tomando-se o exemplo de uma pessoa que trabalha cerca de 8 horas durante o dia – e ainda tem uma carga extra em casa –, a possibilidade é grande de que, após cerca de 3 anos nesse ritmo, ela atinja um nível de esgotamento físico e mental muito alto, de aproximadamente 75% acima do normal. A conseqüência pode ser o surgimento de doenças do grupo das LERs e Dorts. 
 
Por isso, é importante que, durante o dia de trabalho, sejam feitas pequenas pausas para descanso. “Embora, a princípio, essas pausas possam parecer desimportantes, descansos de 5 a 10 minutos a cada hora têm um impacto muito positivo, impedindo que o corpo fique fadigado e diminuindo o risco de doenças ocupacionais”, diz a fisioterapeuta Graziela Carradori, sócia da FisioHealth Fisioterapia Empresarial. 
 
É muito mais fácil evitar as lesões do que curá-las. Alguns tipos de LERs podem causar lesões permanentes. A mais comum é a tendinite, uma inflamação aguda ou crônica dos tendões que, quando se torna mais grave, pode se estender para os braços e pescoço. É provocada por movimentos repetitivos e falta de repouso durante a jornada de trabalho. 
 
Diversas pessoas com tendinite se submetem a uma cirurgia quando o caso é crônico, mas o resultado em geral não é satisfatório. “Dentre dez pessoas que são operadas, apenas uma fica realmente boa”, diz a fisioterapeuta Daniele Scudero Simões. 
 
Com freqüência, a tendinite evolui para a tenossinovite, caracterizada pela inflamação da bainha dos tendões, na junção entre os dedos e a palma da mão. 
 
O tratamento apenas alivia os sintomas, mas não existe cura. “O comum é fazer sessões de fisioterapia, tomar medicação adequada e se afastar da atividade por um período”, diz Daniele.
 
 
Fonte: Arca Universal
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